18 de abr. de 2010

Percepções da vida




Divagando em uma manhã ensolarada de domingo percebi de uma forma muito clara que até este momento não tive a intensidade que se deve ter para viver a vida. Por isso tomei uma atitude e decidi que a hora chegou. A hora de viver intensamente.
Em nosso dia a dia, convivemos com o trabalho, a família e amigos e com a necessidade de amar e sermos amados. Essas três coisas tomam nosso tempo quase na totalidade. São poucos os momentos em que estamos verdadeiramente sozinhos. Mas, em um paradoxo total, foi em um desses momentos de solidão que percebi que o caminho para a mudança passaria necessariamente pelas pessoas ao meu redor, mas exatamente, pela forma como eu deveria lidar com elas.
Viver intensamente é sentir, mergulhar em cada situação, por menor e mais banal que seja, mas se você está nela, que ela seja vivenciada de verdade. Quem já fez a besteira de dirigir falando ao celular, sabe que depois de desligar o aparelho, a sensação é de que não sabemos muito bem o estávamos fazendo, pois a concentração maior, o foco estava na conversa. É como um hiato no tempo. Percebe-se tudo, o movimento dos outros veículos e pedestres, os sinais de trânsito, mas como algo secundário, de menor valor, desfocado. Na verdade é o contrário. Dirigir é o principal e todo o resto é distração e distração apenas atrapalha nestas horas. O quero dizer com isso é o seguinte: concentre-se em seus relacionamentos. Esta é a chave para as mudanças que todos, de uma forma ou de outra, necessitamos. Não quero mais ver minha vida como alguém que olha paisagens através de uma janela. Algumas paisagens coloridas e cheias de movimentos, outras acinzentadas e taciturnas. Sejam lá como forem estes quadros, estão sempre do outro lado da janela. O correto a fazer é passar de um simples expectador para ser o autor dos quadros. Os quadros da vida...

2 comentários:

  1. Ué, gente? Abduziram o Dé? rsrs
    Não conhecia sua veia poética, Marcio! Muito legal!

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